sexta-feira, 20 de maio de 2011

RELEGERE

textos que estamos lendo, pensando, discutindo e transcriando:


1. Insulto ao público (Peter Handke);
2. Marina Abramovic: do corpo do artista ao corpo do público (Ana Berstein);
3. Palavra, voz e imagem nos teatros de Valère Novarina, Peter Handke e Samuel Beckett (Angela Materno);
4. Tornar-se quem se é - a vida como exercício de estilo (Silvia Rocha)
5. Insulto ao público: coro, escrita e performance (Fábio Cordeiro)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Anotar as frases do dia

Dia nove de maio de dois mil e onze:

Que horas são aí?!
CUIDADO!!!
Uma discussão sobre educação.
Lá é por ordem de chegada!
Vá ver televisão para se entreter!
Bom dia!
Dormiu aqui?!
Oi gente!
Não vai comer!!! Só se der um e cinquenta!!
Eu comi aquele biscoitinho com café!
Será açúcar ou será sal?!
Ei, bichim!
Hum...cheirinho de pão torrado...
Ele só compra o que ele pode pagar!
Eu sou um Clossário...ei, é Gló, né? Eu tenho um probleminha com o C e o G.
Tenho que comprar uns produtos bons.
Tem internet nessa casa?
Feliz dia das mães pra nós duas!
ARRASEI!!!
Eh, Fortaleza não ajuda muito nesse quesito masculino.
Desculpem o atraso!
Tô me cagando!
É só sexo!
Passei na casa do Beto e fumei UM.
Eu acho ele bem bonitinho!
E aí, gata!
Ai! Eu tô fudido de cansado, ó!
A comida daqui é ruim e cara!
Tava doido pra te ver!
TE AMO.
Boa noite, gatinha.





quarta-feira, 4 de maio de 2011

OdeAoSilencioAoPercebido...

Tarefa: Pegar, em casa um saco plástico sem furos e ir à praia do Náutico guardar a maresia. Chegar em casa, tomar banho, fechar a porta do quarto e cheirar a maresia contida no saco.

Na cozinha de casa, puxando vários sacos do puxa-saco. Difícil achar um que não tivesse furos. Achei enfim, Um saco de mercantil. Dobrei-o em losangos e fui caminhar até a praia do Náutico. O caminho silencioso até lá foi permeado de imagens que me apareciam. Imagens do cotidiano da Beira-mar de Fortaleza. Não lembrava mais como se dava apesar de morar tão perto. Pai caminhado e filho de dois anos correndo à sua frente, Meninos de patins na quadra ao lado do Bol. Eles desviavam dos obstáculos, policiais em seus patinetes equilibrados, homens malhando e exibindo seus corpos feito pavões e as ondas batendo sem som. Casais jovens e velhinhos amorosos.
Em frente à Barraca G2 o relógio marcava 18h48. Acarajé, pipoca, tapioca, milho verde, praia do Náutico. Desci a barreira, meninos jogando bola, abri ‘meu saco’. Guardei aquela maresia amoníaco e me pus a subir por aquela barreira. Milho verde, tapioca, pipoca, acarajé. Relógio marcava 18h51. A medida que caminhava, em meu rosto um semblante de preocupação, coração pulsava mais rápido. O ar do saco estava saindo. A imagem do saco mudando de tamanho foi estranha. Sensação de perda. Braço bate na saia rodada e quase espoca. Atenção maior ao saco e postura corporal muda. Braço à frente segurando o saco quase seco. Com o mesmo ritmo de quem caminha sem propósito, chego em casa. Mamãe abre a porta, tagarela. Dedo à boca e cabeça assertiva me responde. Chego ao meu quarto, cato no lixo uma liga que antes havia jogado e amarro a boca do saco. Banho. Mudo de quarto, o quarto da mãe silencioso. Com um cuidado de mãe desenrolo a boca e sugo para dentro o que sobrou: cheiro de não sei o quê. Silêncio.

Tarefa: Tocar campainhas e sair correndo...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

ave-maria do rádio

Tarefa: ouvir a Ave-Maria em latim, no rádio, enquanto observa uma rua muito movimentada.

duchamp de botas em slow motion

Tarefa: assistir ao vídeo-ação "Entrevista', de Marina de Botas, e descer as escadas do CCBNB de olhos fechados. Música: No fim da noite (João Aguardela). Ação e edição: Washington Hemmes.